Na obra apresentada, a artista Raíssa Schroeder desloca o capô automotivo de sua função original e o transforma em suporte pictórico. O objeto, marcado pela rigidez da indústria, passa a abrigar um jardim de flores vibrantes, pintadas em gestos expressivos e cores intensas.
Ao aproximar natureza e máquina, a artista constrói uma metáfora poética sobre convivência, contraste e transformação. A pintura rompe a lógica utilitária do automóvel, convertendo-o em campo sensível, onde delicadeza e potência coexistem.
O trabalho reafirma a proposta de que o carro pode ser, também, arte — um espaço para narrativas visuais que expandem a experiência estética e aproximam novos públicos do universo artístico.
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